segunda-feira, 9 de maio de 2011
O que é devoção à Maria?
Sempre falamos de devoção em nossa vida até mesmo afirmamos dizendo que somos devotos.
Mas, enfim, o que é devoção?
Devoção significa dedicação total ao serviço de Deus. É o ato interior da vontade que se entrega a Deus por generosidade e fervor. A devoção leva a realizar atos, mas é, em primeiro lugar, um sentimento íntimo de cada um.
Fundamentada sobre a fé, tem a sua fonte inspiradora na caridade e pode, por vezes, identificar-se com ela. São Tomás nos diz que devoção é o ato principal da virtude de religião, de prontidão e disponibilidade da vontade para servir a Deus pelo ato de oferta da vida e de gestos como uma oferenda desta mesma vontade.
Ele ainda nos diz que a devoção é dom de Deus, mas também obra do homem, convidado especialmente pela oração, à meditação, à contemplação, que despertam amor e engendram a devoção.
Esta deve ser a marca constante de toda a nossa vida: inundá-la de alegria interior pela satisfação de realizar tal ato.
A devoção a Virgem Maria é um ardor em serví-la para melhor servir a Deus
Maria mulher, virgem, mãe cumulada de dons por Deus e que se associa plenamente à obra do Filho de maneira particular, até ser chamada a partilhar sua glória.
Maria é para nós um sinal. Situar-se em relação a Maria é dizer algo de Deus e algo de nós!
Os nossos contemporâneos são sensíveis a isto. No entanto, foi desde cedo que a Igreja fez memória de Maria, e para dizer alguma coisa de Cristo, a Igreja se faz necessária dizer alguma coisa de Maria, como aconteceu em Éfeso. Os padres conciliares colocaram aquela assembléia sobre a proteção de Maria, “Sub tuum praesidium...” no final do sec. IV.
Foi, sobretudo a partir do concilio de Éfeso, que o culto do povo de Deus a Maria cresceu admiravelmente na veneração, no amor, na invocação e na imitação (Lumen Gentium, 66).
Esta veneração e amor nos orientam para Deus. A invocação de Maria situa no interior da comunhão dos santos. Aquela que é a mais próxima de Deus e de nós, como já nos dizia o Papa Paulo VI. A imitação de Maria conduz não a um serviço normal, mas nos leva a um louvor e ao serviço a Deus e aos irmãos.
Assim, ao longo da história, Maria tem sido para a Igreja Aquela que convida ao louvor (Lc 1,46-55) e à devoção. Como em Jo 2,5 é também Aquela que mostra, junto da Cruz, até onde deve ir a fidelidade. Ela mostra no Cenáculo que a oração tende primeiramente a pedir o Espírito Santo sobre a Igreja, na comunidade dos discípulos.
A verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas deve nascer e ser conservada pela fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos indica a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as Suas virtudes (Lumen Gentium, 67).
Encerramos com as palavras do Concílio: “na sua vida, deu a Virgem Maria exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar aos homens” (Lumen Gentium, 65).
Pe. Ademir Bernardelli (Fonte)
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